“Eu tinha toda essa grande experiência em liderança e administração, mas nunca havia redigido um currículo”, disse Lloyd Knight, um veterano com 20 anos de serviço na Força Aérea dos EUA. “Mas eu tinha as qualificações exatas que a UPS estava procurando (como uma autorização de segurança e experiência em planejamento de carga). Aposentei-me da Força Aérea em uma sexta-feira e comecei a trabalhar na UPS na segunda-feira seguinte... Fui abençoado.”
Com 14 anos de carreira na UPS, Lloyd sabe que a facilidade de sua transição do dever ativo para a vida civil não é o caminho trilhado por todos os veteranos de guerra.
Por isso ele ingressou em um grupo de ex-militares que trabalham em empresas da lista Fortune 500 na área de Atlanta. O grupo é chamado VETLANTA, e Lloyd atua como seu primeiro e único presidente.
É um compromisso robusto para o gerente de rota comercial de agenciamento de cargas global, mas é uma função que traz satisfação e conexão a seus irmãos e irmãs de armas.
Faltava algo
“Quando fui contratado pela UPS, me foi dado todo este empoderamento na minha nova função. Tivemos um tremendo sucesso e rapidamente fizemos crescer o negócio... mas faltava algo”, disse Lloyd, refletindo sobre o início da sua carreira.
Esse “algo” era a camaradagem – a irmandade – que faz parte da vida militar.
“Somos workaholics na UPS e, no final do dia, todos vão para casa”, disse ele.
Esse vazio recebeu um remédio improvável, pelo menos na época.
“Eu tinha frequentado alguns Grupos de Recursos Empresariais quando alguém me propôs iniciar um Grupo de Recursos Empresariais de Veteranos”, lembrou Lloyd. “Eu disse: ‘Sério?’ Eu já estava fazendo longas jornadas de trabalho. Não podia fazer aquilo.”
No final das contas, o “não” tornou-se um “sim”. E, embora tenha havido obstáculos ao longo do caminho – como, no início, não ter como identificar a condição de ex-militares entre os UPSers – o foco em aumentar o número de empregos para ex-militares produziu resultados.
Hoje, a UPS tem 24 Grupos de Recursos Empresariais de Veteranos ativos.
Mais do que um nome atraente
Pouco depois do início do seu envolvimento com o Grupo de Recursos Empresariais, Lloyd se viu em outra reunião. Desta vez, foi uma reunião realizada pela Coca-Cola Corporation em Atlanta, reunindo ex-militares líderes de grupos de grandes empresas da cidade.
“Nós (aqueles que estavam na reunião) ficamos chocados com as coisas enormes que cada empresa estava fazendo pelos veteranos. Coletivamente, contratávamos centenas de milhares de veteranos a cada ano, mas ninguém estava conversando entre si. Naquela segunda reunião, lançamos as bases da VETLANTA”, disse Lloyd.
Ao final desse segundo encontro, Lloyd já havia demonstrado capacidade de liderança suficiente para finalmente ser nomeado presidente. A organização ou “clube” tornou-se defensora e conselheira de confiança para grupos de ex-militares, organizações sem fins lucrativos e outras empresas que procuram causar impacto no fornecimento de apoio e oportunidades para ex-militares.
“Desenvolvemos uma rede e eu trouxe alguns mentores da UPS”, disse Lloyd. “Nós nos constituímos como um clube porque não queremos arrecadar dinheiro e – por opção – não somos uma organização sem fins lucrativos 501(c)(3) isenta de impostos. Nosso papel é fomentar a colaboração e o voluntariado.”
As empresas que patrocinam eventos ou fornecem assistência às reuniões da VETLANTA o fazem com base unicamente em sua crença na missão do grupo. Não há benefício fiscal associado à contribuição à VETLANTA.
“Quando falo com as empresas, a primeira coisa que digo é que não estou lá para pedir dinheiro”, disse Lloyd com uma risada. “Só esse fato realmente já causa impacto.”
O seu voluntariado na VETLANTA valeu a Lloyd a Premiação Jim Casey de Serviço Comunitário de 2018, a mais prestigiosa homenagem individual concedida na UPS.
Habilidades reais, impacto real
Durante os 20 anos de carreira militar, Lloyd aproveitou as oportunidades educacionais que a Força Aérea lhe proporcionou, obtendo três diplomas universitários e, pouco tempo depois, um mestrado.
Mas, além dos diplomas pendurados na parede, a verdadeira educação, a seu ver, veio do treinamento que ele recebeu durante o serviço militar.
“Tive muitos meses de treinamento de liderança na Força Aérea”, disse ele. “Desafio qualquer empresa a igualar a liderança e o desenvolvimento que um militar recebe. Aprendi a cuidar do meu pessoal, e essas lições são mais valiosas do que todos os meus diplomas juntos.”
Ele acredita que este é o maior ponto positivo quando se discute a importância de recrutar e contratar veteranos. Em suas palavras, os veteranos proporcionam aos futuros empregadores, como a UPS, uma vantagem competitiva.
“As pessoas são o nosso negócio, não importa o que você faça”, disse Lloyd. “Seja trabalhando com colegas UPSers, clientes, partes interessadas externas ou qualquer outro grupo, tudo se resume a lidar com pessoas, e os veteranos trazem essa habilidade à mesa.”
UPS liderando o caminho
A UPS dobrou a sua meta inicial de contratar 25.000 veteranos para 50.000 e a ultrapassou como parte da Iniciativa Unindo Forças de 2014 a 2018. Hoje, a UPS continua a valorizar e recrutar ativamente veteranos militares.